Durante uma visita a Peniche, inserida no seu Roteiro das Comunidades Locais Inovadoras, Cavaco Silva apontou o seu "grande empenho" enquanto Presidente da República para "evitar que Portugal seja muito atingido em termos de fraqueza de crescimento económico e em termos de emprego com a crise económica" que tem "centro na Grécia".
Cavaco Silva teve nesta visita mais um conjunto infeliz de declarações, verdadeiramente ao seu nível. Se não acreditam ora leiam:
Questionado pelos jornalistas se entende que o candidato a Presidente da República Manuel Alegre estava a criticá-lo quando defendeu que "em momentos de crise a obrigação dos responsáveis políticos é não entrar em pânico", Cavaco replica "Eu sei muito bem o que estou a fazer, até porque se trata de uma matéria que eu ainda não esqueci, domino razoavelmente bem"
"Para isso basta ir à página da Internet da Presidência da República. E se for necessário lembrar, eu tenho boa memória, e eu disse que faz sentido neste tempo reexaminar investimentos públicos e privados na área dos bens não transaccionáveis que seja um capital intensivo e que tenha uma grande componente importada", acrescentou.
Segundo o Presidente da República, esta sua declaração "corresponde àquilo que os manuais de macroeconomia nos ensinam para um país que tem duas dificuldades em simultâneo: uma elevada, muito elevada, dívida externa e um grande desemprego e não tem política monetária e política cambial autónoma"
Sobre o programa aplicado à Grécia, Cavaco Silva disse que "é um típico programa que nos livros está desenhado como corte intenso e drástico da despesa".
Todos nós assistimos na TV, no programa sobre um dia na vida do nosso Presidente" que este apenas lê as notícias que os assessores lhe passam e sublinham, que apenas vê o que lhe colocam na intranet. Todos nós já sabemos que quando Cavaco improvisa, ou entra mosca ou sai asneira.
O que não sabíamos era que o nosso Presidente sente uma necessidade enorme de se autoconvencer sobre a sua "memória de elefante" e sobretudo que as suas palavras são apenas o decalque do que vem nos livros de economia.
Faroeomundo sugere para futuro Presidente da República a última versão da bíblia da economia "Samuelson e Nordhaus", qualquer aplicação informática procura as respostas, envia-as para os jornais por email e ainda poupamos uns milhares de euros em ordenados e sobretudo poupa-nos a humilhações como a última na República Checa.
FM
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