23 de março de 2010

A impunidade da Igreja e dos seus padres


O primeiro ministro italiano, Silvio Berlusconi, manifestou hoje solidariedade para com o papa Bento XVI face aos escândalos de abuso sexual de menores por padres católicos, designadamente na Irlanda, que motivaram uma carta pastoral divulgada sábado.
"Em nome do governo italiano, quero manifestar a Bento XVI todo o afecto, proximidade e solidariedade", afirma o chefe do governo italiano

Não sei se Bento XVI agradeceu este apoio ou se o censurou, pois vindo de onde vem deixa-me sérias dúvidas.
A reflectir neste caso de padrofilia como alguns lhe chamam, o reconhecimento e arrependimento parece muito pouco como castigo para os intervenientes directos. A expulsão da Igreja e a consequente entrega às autoridades seria o mínimo desejável para repor alguma paz de espírito aos ofendidos.
A Igreja e a sua visão quadrada sobre o mundo são a principal causa do afastamento dos seus fiéis. Os valores são óptimos mas os meios para os impor devem ser considerados arcaicos e ultrapassados. Que confiança sentem os pais em deixar os seus filhos nas catequeses? Que vontade sentem em que estes senhores padres incutam valores nos seus filhos? Que credibilidade nos mostram as autoridades máximas da Igreja quando encobrem em vez de expor os culpados?
A impunidade que séculos de história lhe atribuíram está a matar, não as crianças abusadas, mas sim a Verdade que pretendem transmitir.
FM

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