30 de março de 2010

Manifesto por uma Nova Política Energética em Portugal

O documento, intitulado "Manifesto por uma Nova Política Energética em Portugal", vai ser tornado público a 7 de Abril, na Associação Comercial de Lisboa, e classifica de "aberração económica" os preços subsidiados pagos aos produtores de renováveis .

E é assinado por nomes bem conhecidos como Mira Amaral, Alexandre Relvas, António Borges, Augusto Barroso, Demétrio Alves, Fernando Santo, Francisco Van Zeller, Henrique Neto, João Duque, João Salgueiro, Luís Campos e Cunha, Valente de Oliveira, Avelino de Jesus, Miguel Cadilhe, Miguel Horta e Costa, Pedro Ferraz da Costa e Pedro Sampaio Nunes.

O meu conhecimento nesta matéria é apenas o de um cidadão comum que procura estar informado, que desconfia do que lê e que depois formula opiniões que apenas o responsabilizam a si próprio.
Parece-me que é unânime no mundo a aposta nas energias renováveis para assim poder lutar contra o aquecimento global e as restantes patranhas que nos enfiam pelos olhos a dentro com documentários, reportagens mais ou menos alarmistas. Parece-me que no nosso país a escolha sobre a energia eólica, solar e aposta na construção de novas barragens é a que melhor nos serve a médio/longo prazo. Se é a mais barata, desconheço, mas que se tornará a melhor tenho poucas dúvidas.

A não ser que esta seja a face visível do lobbie do NUCLEAR! Se o senhor Patrick Monteiro de Barros lá estiver o resto das minhas dúvidas desparecem e este é apenas o Manifesto que pretende reiniciar a discussão.
FM

1 comentário:

  1. Neste caso especifico estes senhores têm muita razão. Por trás duma ideia honesta e facilmente mobilizadora como a produção através de energias renováveis, montou-se uma industria que envolve milhões e alimenta principalmente as grandes empresas de construção civil e energia.
    Tudo isso seria optimo se o lucro e o rendimento dessa actividade viesse do próprio negócio num mercado livre, em que existiria efectiva procura desse bem.
    Infelizmente não é isso que acontece. A sustentabilidade do negócio é garantida por um preço KWh definido administrativamente pelo Governo, e que no caso actual é elevadissimo em comparação com outras fontes energéticas, e ainda para mais é assumido durante décadas.
    Obviamente se em Portugal, por via destas iniciativas, todo o tecido produtivo tem que suportar custos muito acima do preço médio do mercado, outro Paises onde isso não aconteça terão mais essa vantagem competitiva.
    Em 2009 este diferencial de custo resultou em 800 Milhões de Euros, que serão pagos por todos os Portugueses.
    A pergunta que fica é esta, se daqui a 10 anos se descobrirem novas fontes de energia muito mais baratas, como a Bloom Box promete ser (http://www.cbsnews.com/video/watch/?id=6240093n&tag=mncol;lst;1), Portugal ver-se-à preso a compromissos que durarão mais não sei quantas décadas a pagar um preço exorbitante por algo que noutro paises será muito mais barato, a energia.
    A unica razão para este Governo querer avançar com estas ideias não tem nada a haver com o verde da energia, tem a haver o excelente negócio que é produzir algo que tem um comprador certo a um preço optimo. Ou seja, é para alimentar ainda mais as Mota-Engil, EDPs, etc...
    E mais uma vez com o tuga a pagar com um sorriso nos lábios a achar que está a fazer uma grande coisa, e depois a queixar-me que as empresas não crescem, que Portugal não exporta, e que não há emprego.

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